28 de set. de 2010

Guerra Diaria 1

 

Há aquele dito popular, difundido amplamente, e normalmente citado quando tudo dá errado pra alguma pessoa:

 

“A gente colhe o que planta”

 

E eu fico pensando, naqueles casos em que mesmo você tratando a maioria das pessoas ao seu redor da melhor maneira possível, você só receber de volta a indiferença.

Planto atenção, carinho, e colho indiferença... é assim? Preto no branco?

Quando está todo mundo defendendo seus próprios interesses, na batalha diária pelo pedaço do mamute, quando ninguém se considera, quando ninguém se espera, do outro mais do que formalidades, explorando o mínimo, o necessário para o desnecessário jogo de aparências do dia a dia, onde cabe o calor das minhas mãos?

 

O choro é fraqueza, a queixa é chorar de barriga cheia, o abraço é jogo de interesse.

 

Calor Humano, luxo supérfluo.

 

 

16 de jul. de 2010

O erro do pecado

Qual o conceito de pecado?

Qualquer ato, ou apenas a intenção do ato que não esteja de acordo com as leis ou regras reveladas por Deus. A origem da palavra vem do hebraico, e significa “errar”.

Qual o erro do Pecado? Do conceito estabelecido pela igreja através dos séculos?

Estabelecer a Pena, ou penitência num âmbito maior ou mais elevado do que as proporções terrenas. Num âmbito intangível por todos aqueles que aqui erram.

O senso comum das religiões prega que nós já nascemos errados, já nascemos em pecado. Pecados esses talhados séculos ou milênios antes do nosso nascimento. O pecado original. Somos todos filhos do pecado original.

 

É esse o erro. O que nos leva a cultivar uma culpa que de fato não é nossa. Não provém de nossa linhagem terrena ou sequer de nossas existências.

 

Entender ou aceitar a pluralidade da Existência gera um impacto estrondoso no conceito do pecado original, em suas conseqüências e penas.

O livre arbítrio não deve ser limitado a uma idéia vaga do que é ou não aceito num âmbito moral. A moralidade é relativa, e deve-se respeitar a individualidade.

Toda ação gera uma conseqüência e parte de uma causa. Essa conseqüência tem impacto na consciência, no conjunto de “regras” morais de cada um. Inconscientemente sabemos que nossos erros trazem conseqüências, que podem ser sentidas ou corrigidas durante nossa existência terrena. Além do arrependimento, deverá existir o aprendizado e por conseqüência, a evolução.

 

O Arrependimento puro, a culpa que é carregada por toda a vida, em nada acrescentam ao espírito. O acorrenta cada vez mais nos conflitos gerados por idéias vagas, ou na falsa esperança de que a redenção virá do arrependimento puro e inquestionável.

 

 

14 de jul. de 2010

As Chances do Polvo

 

Entre as conversas randômicas da hora do almoço ontem, surgiu o assunto do Polvo Paul, aquele simpático molusco que acertou todos os palpites que deu sobre os jogos da copa do mundo. Acertando inclusive quem seria a seleção campeã.

Após algumas observações, uma amiga defendeu a tese de as chances do polvo eram de 50%, e que essas chances seriam as mesmas se eu ou você palpitássemos sobre os jogos, teríamos 50% de chances de errar ou acertar.

Eu pensei um pouco e disse que não, as nossas chances seriam diferentes da do polvo, pois nós, ao contrario do molusco, temos noção, por mais que futebol não tenha lógica, que a Alemanha estava melhor no mundial que a Inglaterra, por exemplo. O Polvo não tem (espero eu rs) essa capacidade de julgamento que nós temos, por isso suas decisões não seriam influenciadas nem por sua lógica, por seu conhecimento ou por suas paixões. Paul escolheu as caixas sendo totalmente indiferente as bandeiras nelas coladas, ou a qualidade do futebol apresentado pelas seleções.

 

Nossas escolhas nunca são tão simples e limitadas. Portanto, por mais que as chances sim, pela matemática exata e chata sejam de 50% para cada lado, o que nos influencia para um ou outro lado é muito mais do que meramente acaso.

 

Isso só vem provar que: Nós adoramos complicar as coisas rs

 

12 de jul. de 2010

O Filho da Puta

No mundo empresarial, o cara ser um “Filho da Puta” não significa necessariamente que a mãe dele trabalhe na zona.

Um cara filho da puta seria aquele cara exigente, sério, e que não cria laços de amizade no trabalho, ou, rompe esses laços sem pestanejar quando necessário.

Eu defendo a tese que no treinamento de gerentes, há um modulo intitulado: “Como ser um filho da puta”

 

Meu atual diretor é um exemplo clássico disso, e não se preocupem, ele sabe disso e defende bem sua posição.

Um estagiário dele acabou se tornando muito meu amigo. Sempre vinha aqui conversar, sempre almoçávamos juntos enfim... Tínhamos afinidade, por compartilharmos a mesma religião, o mesmo gosto pra musica, videogame etc...

 

De uma hora pra outra, eu percebi que o tal estagiário havia “sumido”, ele ao invés de vir conversar ou me chamar pra almoçar, começou a apenas me mandar emails... e toda vez que eu o encontrava pela empresa, e puxava assunto, ele procurava não prolongar.

 

Achei aquilo esquisito, mas saquei que alguém deve ter falado pra Le não ficar “voando” muito por aí. Ainda mais eu conhecendo o filho da puta que era o chefe dele. Até aí tudo bem.

 

O mundo gira, e no mundo empresarial ele gira de maneiras completamente difusas às vezes, o chefe do estagiário acabou assumindo o posto de diretor da minha área. Esses dias ele me chamou pra conversar, e entre outras coisas, falou de minha postura. Arrogância, intolerância, cara de poucos amigos até aí eu concordo, isso faz parte do meu arsenal diário, e eu sei que ele não se importa com isso. Mas aí tocou num ponto critico: “Eu tinha orientado meu ex estagiário a não andar mais com você, pois você não é uma boa influencia para ele”

 

Não é o fato de ele me considerar uma má influencia que me fez pensar, isso eu sei que eu sou, afinal, eu estou aqui a tempo suficiente pra já estar mofado. Ma o que me deixou um pouco chateado, é ele não ter escrúpulos de acabar com uma boa amizade assim, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. E eu já havia percebido o estagiário meio chateado quando conversava comigo, querendo estender a conversa, mas apreensivo, pois o chefe dele poderia ver.

 

O que importa pra mim aqui são as amizades. Crescimento profissional? Eu não me iludo com isso, eu não tenho o perfil para me tornar um gerente ou futuramente um diretor, e não é só o curso superior que me falta. Eu posso ser arrogante, intolerante e o escambáu... mas eu prezo uma boa amizade. Eu não sou um filho da puta.

 

 

 

 

 

 

15 de jun. de 2010

Caminho

E você, está no seu caminho?

Eu não quero saber se está no caminho certo. Se é bem sucedido, se completou seus estudos, se deu bem no emprego, se conseguiu resolver seus problemas. Quero saber se está no seu caminho.

Você se lembra quando era pequeno e pensava brincando como sua vida de gente grande seria?

Era fantasia, mas, você está sendo verdadeiro com aquele pequeno?

Você vive seus sonhos? E eu não estou falando de mero status, meras conveniências. Cara, os outros não importam. Importa é você.

Seja bem sucedido, seja um Zé da esquina, ou um Zé da esquina com um diploma na parede, dinheiro no banco ou paletó na cadeira giratória de couro. Está no seu caminho?

10 de jun. de 2010

Lá vou eu seguindo a mesma historia

Lá vou eu caindo na estrada

Estrada feita de carvão, e restos de ouro pelo chão

Sem dono e sem rumo feito o nó no meu coração.

Sigo em frente, para nunca mais voltar atrás.

Mesmo que o mundo acabe eu vou cair na mesma vida

Procurando a mesma volta, que não me volta nunca mais

Me jogando no rodamoinho que você criou

Sentimento sujo, crime sem saída.

Lá vou eu de novo, mendigando a sua vida

Se liga